
Do Heavy Metal ao Cantor Cristão

Tenho 38 anos, sou casado, pai de duas filhas e convertido há cinco anos. Não nasci num lar evangélico, por isso nunca fui uma pessoa religiosa, nem tive interesse de me aproximar de Deus e Sua palavra. Acreditava que isso só me afastaria de minhas alegrias materiais como bebidas, baladas e o cigarro. Já casado, me lembro das cenas que aconteciam aos domingos. Se minha esposa se aprontava para ir à igreja eu procurava algo para dificultar sua saída impedindo-a de ir. Convidava-a para assistir filmes, pedia pizza na hora do culto.
Recentemente, tomando um café em uma padaria encontrei um amigo das "antigas" que há algum tempo não via. Da época em que eu incrédulo frequentava bares, bebia, fumava, curtia músicas estilo Heavy Metal entre outras que nada acrescentaram a minha vida. Era fã de grupos como Iron Maiden, Black Sabbath e Ramones. Na conversa falamos sobre trabalho, família e nossas vidas. Falamos um pouco de Rock'n'Roll, um gosto que tínhamos em comum. Ele citou alguns shows em que fora. Então perguntou se eu havia estado em algum deles. Contei-lhe sobre minha nova vida e o quanto havia mudado. Disse sobre a igreja e minha conversão. Então, com um olhar espantado ele me perguntou: ?Se converteu? Converteu do quê? Eu te conheço, você é gente boa, um cara legal, um cara do bem!?
Um cara do bem! Aquele meu amigo não é diferente de muitos que lerão este artigo. Ele achava que ser um cara legal é gostar de músicas e ir a festas. Ele não tinha a menor ideia de que para Deus eu não tinha nada de legal. A Bíblia me mostrou que não existe ninguém realmente bom ou ?legal?. Aprendi que não existe um justo sequer, todos nascemos pecadores e condenados (Rm 3:10-12). Que adianta ser considerado ?legal? por ele, mas ser inimigo de Deus? De que adianta ser uma pessoa "gente boa?, sem ter a certeza da vida eterna?
Graças a Deus, descobri que se quisesse passar a eternidade longe do sofrimento que nunca acaba, deveria seguir a Cristo, tê-lo como único e suficiente salvador. Foi o que fiz! E isso não significa que não peco mais. Significa que em Jesus fui perdoado e reconciliado com Deus. Agora, Nele, dia a dia sou santificado.
Finalizei a conversa com meu amigo dizendo que ele também precisava crer em Cristo como único e suficiente salvador, senão de nada adiantaria ser uma pessoa boa, legal, caridoso ou sei lá mais o que! Pois a Bíblia diz que Salvação é graça alcançada somente pela fé. Não vem de obras que alguém possa realizar (Ef 2.8-10).
Nossa conversa terminou, sem que ele demonstrasse qualquer tipo de arrependimento ou interesse pela fé cristã. Só demonstrou no olhar uma imensa surpresa. Podia quase ler seus pensamentos: ?Como um ?cara legal? podia ter se tornado alguém tão esquisito, religioso, um crente? Como alguém em sã consciência poderia trocar festas, diversão, baladas e bandas, por cultos e estudos bíblicos? Como trocar a gritaria e o balançar frenético de cabeças nos shows, pelo silêncio reverente dos cultos??. Ele percebeu que eu havia me tornado outra pessoa. Sim! Eu havia trocado o heavy Metal pelo cantor cristão. Pensei: ?Nossa, que mudança!?. Mas graças a Deus que isso aconteceu comigo.
Ele percebeu que eu havia me tornado outra pessoa. Sim! Eu havia trocado o heavy Metal pelo cantor cristão.
Nos despedimos e ele partiu. Não voltei mais a encontra-lo. Não sei o que aconteceu depois de nossa conversa, mas sei que fiz minha parte, compartilhei a graça salvadora que me alcançou e transformou num novo homem.
Ainda gosto muito de música, mas passei a refletir nas letras, na vida dos músicos e nas melodias. A música é um prazer que tenho. Antes era usada para me levar para longe deDeus. Agora, nos cultos, no carro ou em casa, ela meaproxima de meu Salvador. Por meio dela, hoje eu o adoro.
A surpresa de meu amigo mostra o quanto Jesus transforma vidas. Espero que seus amigos também possam testemunhar o quanto Jesus mudou a sua. Que acha: Eles diriam isso?
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Marcelo Buzão ♦ Coordenador do Darash
IBR Bragança