
Os enfeites e o Natal

M ais uma vez o natal se aproxima e com ele as festas desse período. Mas além das muitas festas, vemos que as pessoas, por razões que não sabemos explicar, gostam de enfeitar suas casas, comércios com diversos itens que remetem o pensamentos de todos ao Natal. Mas quando falamos “natal”, precisamos entender que cada pessoa tem seu próprio conceito do que é isso. Existem três tipos de natal: O natal comercial, o natal pagão-religioso e o natal cristão.
O primeiro é o natal comercial, o mais famoso. Sim! Para alguns, natal é a época do ano onde devemos trocar presentes com as pessoas que amamos. E não importa se passamos o ano ignorando essas pessoas. Natal é uma época de dar e receber presentes. E o comércio agradece!
Por isso, natal é para muitos a época do icônico papai Noel que desce magicamente pelas chaminés, para deixar presentes sob árvores enfeitadas, luzes brilhantes, bolas coloridas e guirlandas. Esse tipo de natal também gera três tipos de pessoas: As endividadas pelos presentes compram, as indignadas pelos presentes que não recebem e as enganadas por acreditar que isso é o verdadeiro natal.
O segundo é o natal pagão-religioso. Ele é marcado pelo enfeitar de casas com os itens do natal comercial, acrescidos é claro, de itens religiosos como anjos, a sagrada família, o presépio, a virgem maria, os reis magos, o estábulo e a estrela que marcou o local do nascimento de Jesus. Os mais “espiritualistas”, colocam também, cristais, velas, pé de coelho, arruda e incensos para unir crenças num só natal.
Pessoas com essa visão pagã-religiosa atribuem benefícios especiais a determinados enfeites do natal. Esse é o caso por exemplo do presépio. O Romanismo entre tantas outras invenções, diz que são alvos de proteção sobrenatural, aqueles que fizerem suas orações diante de um presépio, e em especial se a oração for feita à meia noite do dia 25 de dezembro com a família, proferindo os seguintes dizeres: “Menino das palhas, Menino Jesus, Menino de Maria, aqui estamos diante de ti. Senhor, abençoa todos os que olham para essa manjedoura; que isso nos lembre do seu humilde nascimento. Eleva nossos pensamentos a Deus, Salvador de todos e que vive e reina para sempre. Amém.”
Quem acredita que presépios, anjos de gesso, cristais, velas, guirlandas, árvores de natal, tem poder de abençoar ou mesmo amaldiçoar o lar ou alguém, mostra que ainda não conheceu a verdade que salva, nem se libertou do paganismo e idolatria, mas apenas deu à elas uma roupagem “cristã“.
Por fim, existe o natal cristão. Nele o sentido do natal é o que conta. E este sentido não está em dar ou receber presentes, embora isso possa ocorrer. Não se encontra no papai Noel que juntamente com suas renas voadoras não existem. Também não depende de enfeites que reluzem.
Muitos não sabem, mas o real sentido do natal é relembrar a todos que Cristo veio a este mundo para se tornar um de nós. Jesus teve que nascer como um ser humano. Gálatas 4:4-5: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, para resgatar os que estavam debaixo a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”. Só homens nasceram debaixo da lei. Animais e anjos não estão "sob a lei". Apenas um ser humano poderia resgatar os outros seres humanos. Todos os seres humanos são culpados de transgredir essa lei. Só um homem perfeito - Jesus Cristo - pode perfeitamente observar e cumprir a lei, redimindo-nos, assim, da nossa culpa. Jesus realizou a nossa redenção na cruz, trocando o nosso pecado por sua perfeita justiça (2 Coríntios 5:21). Esse é o único sentido do natal! Deus enviou um substituto para morrer por nós. Não deixem que roubem essa verdade de você.
Cabe aqui uma ressalva: Alguns crentes, por terem vivido cativos de crendices por muitos anos, mesmo após a conversão ainda lutam com os resquícios do natal comercial e do pagão-religioso. Eles encontram dificuldades ao ver igrejas ou residências adornadas com luzes ou árvores de natal, pois dizem ser objetos vindos do paganismo. E isso é verdade! Porém, não podemos confundir a origem de algo com o uso atual delas. Se crentes forem abolir tudo que teve origem pagã teríamos de proibir o uso do vestido de noiva, o bolo de aniversário, instrumentos musicais como o piano, retirar as lareiras das casas, etc.
O mesmo se aplica ao presépio. Apesar do Romanismo ter dado à ele um valor errado e mentiroso de cura, idolatria e proteção, devemos dar à ele o valor correto. Ele é um mero enfeite de barro ou gesso, que visa lembrar a noite em que Jesus nasceu. Jamais faça orações diante dele, como se Jesus estivesse mais ali do que em outros lugares. Ter ou ir a um presépio não lhe trará nenhuma benção especial. O que abençoa alguém é ter por fé Cristo no coração
Não faça dos enfeites natalinos algo que te alegre ou entristeça. Lembre-se que são só enfeites, ficam velhos e são descartados no lixo. Quer ter uma árvore em casa tenha, quer ter um presépio tenha. Somos livres em Cristo. Assim, quem tem, não julgue os que não querem ter. E quem não quer ter, não condene os que decidiram ter. De nada adiantará enfeitar ou não casas e igrejas, se Jesus não nasceu em seu coração.
E aí: Jesus já enfeitou sua vida com a Salvação?
Feliz Natal a todos.
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Marcos Samuel ♦ Pastor
IBR Bragança