Pastorais

Após 11 Anos, Que Nos Tornamos?

Em 07-03-2009, sob a liderança do Pr. Marcos Granconato e por uma iniciativa amorosa dos irmãos da Igreja Batista Redenção de SP e de Atibaia, nascia o trabalho da IBR aqui em Bragança Paulista.

É possível que a maioria dos irmãos talvez não estivessem  presentes na época. Mas debaixo de muita oração, amor, perseverança e até perseguição, esta igreja foi plantada e firmou seu rumo ao alvo de fazer diferença nesta sociedade.

Em 11 anos foram muitas as pessoas que passaram por aqui. Vimos vidas serem edificadas, famílias serem restauradas, perdidos serem alcançados pela pureza do evangelho de Cristo. Claro que também vimos algumas pessoas saírem.

Hoje somos oficialmente 64 membros e temos cerca de 20 pessoas fazendo a classe de novos membros. Talvez alguns pensem; “Após onze anos, não deveríamos ser uma igreja maior em termos numéricos?” Talvez sim, talvez não. Depende do que buscamos e do que Deus planejou para nós.

Quando olhamos para a Escritura, podemos ver que o crescimento numérico de uma igreja não é o fator determinante para se mensurar o real sucesso de uma comunidade aos olhos de Deus.

Em Atos, lemos que a igreja de Jerusalém crescia mais e mais com as pessoas que Deus enviava:

”Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que havia de salvar.” Atos 2:47

“E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.” Atos 5:14

Logo, é fato que uma boa igreja realmente cresce!

Porém, esse não é o único aspecto que revela uma boa igreja.

É possível ser uma boa igreja e até diminuir de tamanho. No próprio contexto de Atos 5, vemos que Deus matou 2 pessoas (Ananias e Safira), pois agiram de forma perversa para afrontá-lo.

O resultado imediato dessa disciplina foi a diminuição substancial dos que se ajuntavam aquela igreja:  

“E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas. ...E estavam todos unanimemente juntos no pórtico de Salomão. Mas, dos outros, porém, ninguém mais ousava ajuntar-se a eles...” Atos 5:10-13

Logo, é igualmente fato que uma boa igreja também diminui!

Assim, para verificar se uma igreja está andando realmente nos caminhos do Senhor, o melhor critério não é o de contabilizar o número de pessoas que se agrupa ali, a força financeira dela, o tamanho do templo, o luxo das acomodações, a qualidade técnica dos músicos ou do som.

Os critérios que definem se uma igreja é boa são simples:

• Uma boa igreja é Cristocêntrica, ou seja, precisa ter Cristo como o centro de tudo que faz. Cristo deve ser o Senhor dela não apenas no discurso, mas também na prática. Muitas igrejas dizem que Jesus é o centro de tudo que fazem, mas só falam de dinheiro, prosperidade, saúde, vitória e bênçãos materiais. Elas não ouçam dizer aos crentes para tomar a cruz, negar a si mesmos e seguir a Jesus.
   
• Uma boa igreja é fundamentalista. Não do tipo que tem várias regrinhas humanas para tudo. Igrejas assim, são fracas pois estão alicerçadas em homens. Uma boa igreja é fundamentada exclusivamente na Escritura. Ela não fica debatendo as ordens de Deus, ela obedece, ainda que tais ordens não a agrade ou faça sentido.
   
• Uma boa igreja desfruta de comunhão real, marcada pelo amor. Há um interesse genuíno de uns pelos outros (Fp 2.1-4) e isso envolve não somente consolo e amparo, mas também exortação (Hb 10.25).
   
• Uma boa igreja desfruta o efeito transformador da verdade, anunciada pelo evangelho (Mt 28.19-20).
   
• Uma boa igreja busca e promove a santidade entre seus membros. Ela ama, exorta e encoraja a pureza. A boa igreja não cede às pressões de quem quer que seja para agradar indivíduos ou grupos.
   
• Uma boa igreja disciplina. Para ela isso é algo extremamente sério. Ela cumpre Mateus 18.15-17 e 1Coríntios 5.1-5, pois disso depende sua pureza. Igrejas que dão as costas a isso podem até crescer rapidamente, mas tornar-se-ão um antro de toda espécie de promiscuidade e desvios.
   
• Uma boa igreja é pastoreável. Ela se submete a liderança de homens que Deus levanta para guiá-la. Ela ora por seus líderes, apoia, cuida deles e principalmente os respeitam. Hb 13.7,17
   

Por fim, uma boa igreja é aquela em que os membros entendem o privilégio e a responsabilidade de sustentá-la. Fazem isso investido, tempo, recursos matérias, físicos e espirituais para que outros conheçam o salvador. Uma boa igreja é aquela em que os membros não se contentam em vir as reuniões sem nunca se envolver de fato na obra. 

Diante destas verdades, responda a si mesmo:

“Após 11 anos o que nos tornamos? Somos uma boa igreja?”